"Human Experience" pode levar sua empresa à Oceanos Azuis
Carolina Pugliesi
Carnaval na Casa B2Mamy
Você deve estar achando estranho falar de experiência humana, carnaval, oceanos azuis e não citar a agenda de blocos de carnaval que estarão nas praias. Você já vai entender melhor essa relação!
Sem chover no molhado, a tecnologia faz parte do nosso dia a dia, assim como levantar e escovar os dentes. Agiliza nossas vidas, mas também pode trazer consigo a falta de conexão, neste caso, humana. Solidão, falta de pertencimento, baixa realização pessoal e profissional podem ocupar um espaço cada vez maior em nosso dia a dia, chegando a virar uma rotina natural. Fazemos compras, mandamos parabéns, compramos um livro digital que nem foi lançado no Brasil, e assim vai... Isso pode resultar em pessoas que optam por respostas rápidas, óbvias para problemas vistos sob uma lente embaçada, viciada.
Por outro lado, vemos pessoas que enxergam além do horizonte. Enxergam oportunidades onde os outros vêem problemas, inovando em valor, buscando diferenciação para crescerem e se desenvolverem de forma sustentável, tornando a competição irrelevante: Mergulhando em um Oceano Azul.
Human Experience pode ser um meio para encontrar oceanos azuis. Impactar consumidores através de uma lente humana, usando a empatia e autenticidade dentro e fora do digital, trazendo de volta o significado da palavra conexão, um substantivo feminino, traduzido em "1. Ato ou efeito de conectar, de ligar ou de unir; ligação, união." Nada novo. Mas um convite à reflexão sobre Valores pessoais vs. o limite da conexão digital e humana e, o desafio de unir ambos os significados. Esse é o cerne da Human Experience. Em 1962, John Steinbeck, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu eloquentemente: "Você só pode entender as pessoas se às sentir em si mesmo".
No entanto, apesar dessa evolução da tecnologia, estamos vendo o desejo de que o elemento humano não se perca ou seja realocado na equação das interações digitais.
À medida que a "digitalização" de todos os aspectos da vida continua evoluindo - o medo de perder o toque humano aumenta. Isso está intimamente ligado ao consumo.
Hoje, os consumidores estão buscando a experiência humana, significativa, baseada em em "dores" da vida real. Soluções reais para pessoas reais.
Criar experiências está sendo mais complexo do que a maioria das empresas imaginou.
É uma mudança de status quo do próprio Marketing: foi cobrado sobre consumer experience, atuação digital e agora precisa temperar a estratégia com experiências humanas. E vai além. Não é somente se diferenciar do concorrente apenas entendendo profundamente suas ações, mercado e consumidores, mas também entender seu ecossistema e como eles podem ajudar a alcançar os objetivos.
Neste sentido, o Carnaval é uma boa data para inovar, não somente em mercados óbvios como cerveja e turismo. Inovação sem diferenciais de atributos de valor percebidos, não é uma inovação. Não é sustentável.
Encontrar oceanos azuis vem da compreensão dos consumidores, que também inclui a porta de dentro da empresa. Colaboradores e parceiros podem se tornar defensores orgânicos da marca através de uma lente humana.
Estudo recente para entender como as organizações podem elevar o Human Experience mostra que iniciativas isoladas que não incluem colaboradores/parceiros como consumidores apresentam resultados marginais, enquanto que as empresas que integraram os dois, obtiveram resultados mais eficazes, alinhando e conectando ambas experiências por meio de valores compartilhados.
Independentemente dos atributos de valor dos seus clientes, colaboradores e parceiros, cinco princípios contribuem para elevar a sua estratégia centrada na Human Experience:
Ser obcecado com todas as coisas humanas que rodeiam seu mercado, seu ecossistema, que vai além do seu mercado!
Atuar proativamente e verdadeiramente nas necessidades humanas
Executar com empatia, humanidade e escuta ativa
Ser autêntico no propósito e na implementação
Inovar mais rápido e sustentável, estando conectado à Comunidades de propósito íntegro
Trabalhar de fato para mudar o mundo.