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B2Mamy participa do debate #édacontadelas

Atualizado: 27 de jan de 2023


A Creditas, empresa de empréstimos online e organizadora do movimento #édacontadelas organizou um bate papo com mulheres feras de economia e a nossa CFO Juliana Lopes foi uma das convidadas. Acompanhe abaixo a reportagem feita pela Paula Bezerra (Editora da Revista Digital Creditas)

Em painel, É da Conta Delas fala da mulher e o mercado de trabalho

O movimento #ÉdaContaDelas, idealizado pela Creditas, realizou na noite da segunda-feira (18) o segundo encontro para reforçar a importância da mulher na economia. Com o painel “Mulheres e o Mercado de Trabalho”, a ação de empoderamento financeiro feminino retomou a série dos três debates que vão acontecer ao longo do mês de março. Mediado pela editora da Revista Digital Creditas, Paula Bezerra, o encontro contou com especialistas renomadas como a jornalista Renata Mendonça, do movimento Dibradoras; Maitê Schneider, co-fundadora do TransEmpregos; Nina Silva, co-fundadora do Movimento Black Money e Juliana Lopes, co-fundadora e diretora financeira da aceleradora B2Mamy.

Assim como no primeiro encontro, o painel foi dividido em três blocos para discutir o cenário atual do mercado de trabalho para a mulher, os avanços conquistados ao longo dos últimos anos e, por último, a importância da diversidade para a que a equidade seja alcançada – tema este, inclusive, que gerou comoção na plateia que acompanhou o debate diretamente da Arena da Creditas. “Hoje eu mostro para as pessoas que juntos não somos só mais fortes. Juntos nós somos imbatíveis. Mas, essa mudança tem que ser um olhar coletivo. O empoderamento tem que ser individual, mas esse olhar tem que ser coletivo”, afirma Maitê Schneider.

O debate também contou com a participação especial da empreendedora Ana Maria Gomes, sócia-fundadora da empresa Comida Boa, que tomou empréstimo online com a Creditas para alavancar o seu negócio.

Transmitido ao vivo pelo Facebook e Instagram da fintech, o painel contou com mais de 22 000 visualizações em menos de 24 horas. O link para rever a transmissão está disponível aqui.

Mulheres e o mercado de trabalho: cenário e impactos

Um estudo da FGV revelou que metade das mulheres com a trajetória profissional estava fora do mercado de trabalho 12 meses após o início da licença maternidade. O dado alarmante foi comentado pela Juliana Lopes, diretora-financeira da aceleradora B2Mamy, dedicada a selecionar mães empreendedoras de alto impacto que querem impulsionar e consolidar novos negócios. Para a especialista, a dificuldade da mulher mãe conseguir se manter no mercado de trabalho e ascender profissionalmente ainda é uma barreira muito grande no Brasil, o que acaba estimulando o empreendedorismo por necessidade.

“A gente dá novos ‘skills’ pra que elas não só empreendem, mas também consigam voltar para o mercado de trabalho”, diz a diretora. “Enquanto essa dificuldade ainda existir. Enquanto só houver licença maternidade para mulher. Enquanto essa cultura de que só a mulher é responsável pelo cuidado da família for mantida, a desigualdade se perpetuará no mercado de trabalho.”

O cenário desigual é ainda pior para as mulheres negras, que, por exemplo, enfrentam disparidade salarial maior que as mulheres brancas. Um estudo do IPEA entre 1995 a 2015 mostrou que as mulheres negras ganham 40,9% a menos que os homens brancos. A co-fundadora do Movimento Black Money, Nina Silva, trouxe um dado ainda mais estarrecedor ao encontro: mulheres negras, atualmente, ganham 60% a menos que os homens brancos. Diante desse panorama, Nina discursou sobre a importância de incentivar um mercado de trabalho inclusivo para negros, a fim de inseri-los na cadeia de valor de forma qualificada.

Seguindo essa linha, reforçou a importância do Movimento Black Money, que atua como agente de desenvolvimento do ecossistema afroempreendedor. “Precisamos ter o nossos próprios espaços de construção, porque se a gente pede inclusão e não somos incluídos, então comecemos a boicotar quem não nos inclui”, comentou Nina. “Somos criativos o suficiente e estamos consumindo. E, pra onde esse dinheiro vai? Então, o movimento fala: tenhamos a nossa própria economia, fomentemos o nosso próprio consumo.”

Poder da diversidade

Co-fundadora da plataforma TransEmpregos, que promove a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho, Maitê Schneider elucidou a importância da diversidade humanizada dentro das empresas. Para a especialista, o assunto deve ser tratado com a devida seriedade, e não como algo que existe só porque o tema está “em alta”. Além disso, ela explicou o grande preconceito em torno das empresas em contratarem e incentivarem a carreira de mulheres trans – e como o mercado de trabalho deve se abrir para o diverso.

“Se todos somos diversos, porque temos medo da diversidade? Por que parece que é um problema que temos que resolver?”, explica. “Achamos que tem que haver um afastamento para cumprir metas e valores e muitas vezes esquecemos a humanização de volta. Meu trabalho é que exatamente esse.”

Assim como a Maitê, a jornalista Renata Mendonça, das Dibradoras, reforçou como o olhar atento a favor da diversidade tem mudado a relação do esporte com as mulheres. A jornalista relatou como nos últimos quatro anos houve uma melhora nesse cenário. Entre os pontos destacados por Renata, estão a maior inserção de mulheres jornalistas que cobrem o esporte em si, e a relação do público e da imprensa em noticiar conquistas e torneios de mulheres.

“Hoje, uma grande emissora de TV mobilizou uma equipe para cobrir a Copa do Mundo Feminina”, comenta. “Estamos vendo narradoras surgindo, são coisas que nunca imaginamos antes”, reforça.

O final do debate foi marcado por um texto lido por Maitê, que dividiu a experiência do empreendedor Facundo Guerra que, sabendo da dificuldade da contratação de mulheres transexuais negras, deu espaço para duas mulheres serem hostess em seu negócio. Segundo a especialista, a mudança é sim possível e já está acontecendo: “Dá sim para fazermos algo. Dá para bularmos o sistema se nos unirmos”, finalizou.


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