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Ana Paula Alfano (Verso)

Escritório de advocacia tem seleção exclusiva para mães com filhos até 3 anos

Atualizado: 27 de jan. de 2023


Depois de virar mãe no fim do ano passado e ter voltado ao trabalho diferente do que saiu, após a licença-maternidade, a advogada Carol Rego (na foto), uma das sócias do escritório SV Law, sugeriu criarem na empresa um programa voltado exclusivamente para mães de crianças até 3 anos. Nem ela imaginava que a resposta seria tão grande, foram 2 mil currículos recebidos. A princípio seriam para duas vagas, mas provavelmente serão abertas outras três, após a procura, com jornadas de trabalho flexíveis, em home office. “As advogadas terão de vir ao escritório ou a palestras e congressos apenas eventualmente”, explica Carol, que deu entrevista à B2Mamy sobre o programa Mães Advogadas.

Você sugeriu o programa por ter passado pela experiência de voltar ao trabalho após ser mãe. Como foi essa experiência?

O meu maior receio era não acompanhar tão de perto o desenvolvimento do meu filho. Contudo, não queria abrir mão por completo do trabalho, que é o que me mantém ativa, conectada com o mundo, independente financeiramente e, em parte, realizada como mulher. Então, a minha maior angústia era ter que escolher entre ter uma dedicação integral ao bebê e continuar a minha vida profissional.

Como foi conciliar o lado profissional com a maternidade?

Conciliar a vida profissional com a maternidade é, primeiramente, encontrar um ponto de equilíbrio entre as duas funções. Depois de perceber que é possível ser mãe e profissional, a sensação de realização acaba acontecendo. E essa sensação de realização não é exclusiva da mulher que decide adotar uma jornada flexível de trabalho. A profissional que opta por desenvolver sua atividade profissional no período integral também pode se sentir completa se essa escolha, que é se dedicar com integralidade ao trabalho no modelo mais tradicional, deixá-la segura e confortável.

Qual é a importância de uma jornada flexível para uma mulher com filho pequeno?

A partir da minha experiência pessoal, entendo que flexibilidade da jornada de trabalho é um dos caminhos que leva a mulher ao exercício da maternidade e da vida profissional com mais tranquilidade e acolhimento. Além disso, o mercado dispõe de diversas ferramentas que colaboram para essa flexibilidade como, por exemplo, a internet e os notebooks. Também há possibilidade de fazer o controle de produtividade com base nos resultados ou entregas, ao invés do antigo controle de ponto, que se baseava exclusivamente no horário de entrada e saída do funcionário na empresa.

Como seus sócios viram a ideia do programa? Como os homens "abraçam" a maternidade lá dentro?

A estrutura do SV Law é bem mista, com homens e mulheres ocupando cargos estratégicos e de liderança. A receptividade dos sócios ao programa foi bastante positiva, com todos os envolvidos “abraçando” a maternidade no escritório, sempre muito conscientes da importância desse momento, sensíveis e abertos a encontrar soluções que permitam às mulheres decidir por esse exercício com respeito e tranquilidade. O escritório entende que que há uma diversidade de perfis profissionais femininos formada por mães que não interromperam suas carreiras; mulheres que não são mães e não pretendem ser; e mulheres que ainda não são mães, mas que pretendem ser em algum momento de suas vidas. Com esse entendimento, o SV Law resolveu apoiar como causa as mulheres que são mães e que optaram por ajustar suas carreiras com a maternidade, para que essa mulher encontre suporte para esta nova transição profissional/pessoal.

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