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Como a preocupação com o Meio Ambiente Sobrecarrega Mulheres.

Artigo escrito por Brisa Comunicação

Mulheres diversas se abraçando na natureza

Se você é mulher e está lendo este blogpost, certamente pode enumerar quantas vezes você foi impactada com campanhas para te conscientizar sobre a importância de consumir de marcas que estão preocupadas com o meio ambiente. Parece que muitos dos produtos direcionados para mulheres – ou que estão dentro do Universo Feminino – nos colocam como o alvo responsáveis por uma mudança significativa no mundo. Produtos como: Coletores menstruais, calcinhas absorventes, fraldas ecológicas, vestimentas e acessórios de tecidos biodegradáveis, cosméticos “cruelty free” (livre de crueldade animal), etc… são apenas alguns exemplos que colocam mulheres como as principais agentes de mudança.

Se você é homem e está lendo isto, provavelmente você tem que fazer um certo esforço para tentar se lembrar de alguma vez que uma marca te impactou por ser sustentável. Sabe porquê?

Porque mulheres foram socializadas para pensarem em todo mundo e serem as “cuidadoras”! Não só na família, no trabalho nas relações, mas também no bem estar de todos. E elas estão exaustas de serem as únicas responsáveis por essa mudança.

A ideia desse texto não é problematizar algo, nem falar sobre alguma “causa” específica. Mas realmente para refletirmos o porquê as mulheres são as mais afetadas quando o assunto é Burnout.

mulher negra burnout

A Síndrome de Burnout

A síndrome de burnout é também conhecida como esgotamento profissional. Trata-se de um distúrbio emocional com sintomas de exaustão mental e física que podem ocorrer com indivíduos que lidam com situações estressantes e desgastantes, especialmente, no

ambiente de trabalho. Falta de energia, desmotivação, desinteresse e dificuldade em lidar com tarefas que antes eram realizadas com facilidade.

O burnout é um problema sério que afeta predominantemente mulheres em todo o mundo. Segundo um levantamento feito pela empresa Mckinsey, 42% das mulheres sofrem com a síndrome. Contra 35% dos homens.

Uma a cada três mulheres saem dos seus empregos por conta do Burnout. Várias outras decidiram mudar de carreira para tentar nova carreira ou empregos menos estressantes.


O que isso nos fala sobre o meio ambiente?


Se pegarmos um contexto social de construção de gênero, entendemos que mulheres são socializadas para serem "cuidadoras" de casa, dos filhos, da família, etc. E o homem, por sua vez, foi socializado apenas para ser o provedor. Acontece que, no século XXI - ano de 2023, mais especificamente - as mulheres também fazem parte ativamente do mercado de trabalho e, hoje em dia, são as chefes de família em 48% de lares brasileiros. Não vou entrar aqui o quanto o mercado de trabalho ainda é muito desigual entre homens e mulheres, mas lembramos que, mesmo as mulheres trabalhem fora, elas não deixaram de serem as "cuidadoras".


Por conta da socialização feminina e seus "esteriótipos" de gênero, ainda são as mulheres que, na maioria das configurações familiares, fazem o serviço doméstico, levam os filhos no médico, na escola, nas atividades extra curriculares, cuidam do bem estar de todos da família, se preocupam com o que todos vão comer, planejam novas atividades, buscam mais pelo autoconhecimento, etc.


Ainda dentro desse cenário do autoconhecimento, se tem algo que as marcas sabem é que mulheres são pessoas que buscam ser "melhores indivíduos". Não porque elas são ruins, mas porque elas precisam provar o tempo todo que são boas. Por conta da "síndrome da cuidadora", as mulheres se sentem obrigadas a serem as únicas responsáveis pelo meio em que habitam e serem agentes de mudança. Então, quando as marcas falam sobre conscientização de consumo e se mostram de alguma forma preocupadas com o cenário ambiental, sabemos que as mulheres serão suas maiores consumidoras. É por isso que a maioria dos produtos direcionados para mulheres - ou que estão inseridas no universo feminino - estão falando mais sobre a conscientização do meio ambiente e formas de produção sustentáveis.


E porquê isso é um fator também de sobrecarga?


Porque as mulheres estão simplesmente exaustas de serem as únicas agentes de mudança. Ter mais uma preocupação, além de todas aquelas outras que carregamos - cuidar da alimentação, cuidar da saúde mental, cuidar do corpo, cuidar da casa, da família, dos amigos, do trabalho, pagar as contas, ser uma profissional excelente - agora também temos que prestar atenção no que consumimos para cuidar do meio ambiente. Caso contrário, o que será dos nossos filhos?


Mas Calma! Isso não quer dizer que mulheres devem não se preocupar com o meio ambiente e assuntos sobre sustentabilidade. Mas que isso é papel de todos os seres que habitam o planeta, não somente da mulher!

Movimento Slow como agente de mudança para Mulheres


Como o Movimento Slow pode ajudar as mulheres a terem uma qualidade de vida melhor, e mais consciente, quando um dos principais pilares do movimento é a conscientização dos hábitos de produção, consumo e seus impactos no meio ambiente?


Bem, quando propomos o Movimento Slow no estilo de vida de um indivíduo, ou de uma empresa, isso reflete em como essa pessoa (ou empresa) começa a olhar para si mesma de uma forma individual (sem comparações, sem pressa, única) e traz um olhar mais carinhoso com seus hábitos de consumo. Isso impacta a forma como esses indivíduos/organizações passam a produzir. O Movimento slow propõe uma forma leve de produção, ao mesmo tempo que isso reflete em hábitos de consumo. Automaticamente, quando esses hábitos entram em contato com outras pessoas, acaba impactando uma sociedade e até políticas públicas.


A sobrecarga das mulheres, e o maior índice de Burnout afetar esse público, significa que trazer o Movimento Slow para dentro dos negócios dessas mulheres e da sua vida pessoal, é urgente. Isso impacta diretamente em como esse público pode fazer negócios mais rentáveis e sustentáveis, e aqui, não estou falando apenas sustentável para o meio ambiente. Mas, sim, sustentar uma vida que essas mulheres consigam viver sem ter uma saúde mental prejudicada e possa desfrutar mais da sua existência.


Já os homens, por sua vez, está mais do que na hora de também fazerem parte dessa mudança e serem agentes transformadores com a gente!

Larissa Farias da Brisa Comunicação

Larissa Farias CEO da Brisa Comunicação, uma consultoria de negócios que foi idealizada para conectar e impactar pessoas que acreditam no propósito da sua marca, através de um olhar mais gentil para o mundo dos negócios.


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