Tá, e por que eu tenho que me preocupar com isso? Por que, tecnologia é commodity. Uma ou duas features do concorrente te tiram do jogo. Se não for para desenvolver algo que melhore a vida das pessoas, não faz sentido. Só as pessoas importam.
Quando idealizamos a B2Mamy não sabíamos o que iríamos vender, mas sabíamos o porquê (ver o Círculo de Ouro de Simon Sinek) estávamos construindo algo. Precisávamos genuinamente nos unir com mães que tinham o mesmo desafio de perfomar no trabalho e buscar nossos filhos na escola. Começamos pelo coração ou seja, começamos pela comunidade.
O que sonhamos desde o primeiro dia vemos bem em nossa frente acontecer. Mentoras engajadas, investidoras anjo disponíveis, quem está começando ajudando quem está no zero, ecossistema ligando: Me manda uma mulher porreta aí! Impossível passar um dia na B2Mamy e não se sentir parte. Não se engane, a jiripoca pia quando estamos falando de negócio, mas temos todas a mesma lágrima que não cai dos olhos. Quer dar asas a alguém basta segurar sua mão.
Foi assim que errando e acertando, nossas personas foram chegando organicamente e elas foram desenhando as regras e nós fomos deixando o que tinha fit com a nossa cultura (ler a importância da cultura organizacional):
Primeiro junto, depois perto e depois dentro
Venda e negócios só vem depois de relacionamento, give first e give back
Bota elas no palco, Fight Like a Mother e SoulB2Mana
Lança lean, erra barato, aprende rápido e lança de novo
Fazer mais com menos
E claro, não seja uma FDP (transparência nas relações comerciais)
Recentemente ganhei do @marcopoli uma dica de ouro. Ele me disse: "Dani, vocês tem muito de Primal Branding (eu fiz cara de inteligente, mas não fazer ideia do que era), só precisam fazer isso de forma mais organizada". E me passou a dica do livro em inglês. Eu pensei: Meu, deve ter um vídeo disso. E tinha! (ver Ted Patrick Halon).
Minha leitura sobre os pontos mais relevantes do Primal Branding:
1) Não importa o que você diz sobre a sua marca. Só importa o que a comunidade reproduz;
2) Não é a qualidade do produto que importa. E sim a qualidade da comunidade que você constrói ao redor dela.
3) E a mais relevante: Branding não é seu logotipo é seu sistema de crenças e Comunidade não se constrói pelos seus produtos. Você precisa construir um sistema de crenças. Que é dividido e disseminado por pessoas que passam a ter a mesma crença e por fim se desenha sua comunidade. São 7 elementos chaves para essa construção e que você pode ativar:
1 Storytelling - Quanto mais a história história do começo estiver alinhada com o que pretende a sua comunidade, mais genuína é a relação;
2 Cultura - Os valores e o propósito tem que ser vividos pelos líderes da marca e por toda a empresa. Pensar e agir devem ter consonância;
3 Ícones - Crie ícones que estejam presentes e impactem os sentidos: audição, cores, odores, texturas, gosto. Criar sensacões, provoca conexão;
4 Rituais - Número de experiências positivas e engajamento com a sua comunidade. Fazer de forma profunda, recorrente e relevante. Sentir que existe um ritual para entrar, permanecer, se unir. Devem entender em que parte se encaixam;
5 Palavras especiais - Usar termos, palavras ou # que identifiquem: Aqui tal comunidade está presente. Um código "secreto" tipo Clube da Luta.
6 Pessoas que não acreditam - Haverá pessoas que não acreditarão. Que negarão ou não consumirão. Ótimo! É a necessidade de inovação batendo na nossa cara.
7 Líder - Ter um líder. Que não pare por mais que todos os cenários sejam negativos. Que seja capaz de reunir todo o sistema de crença, inspirar e dar esperança.
Eu acrescentei o item 8 que é meu número da sorte e por que sim.
8 Indicadores - Desenvolva indicadores para entender como a sua comunidade está, suas necessidades, para inovar, para entender novas rotas.
Algumas outras dicas:
Livro - O que é meu é seu Rachel Bostman
Vídeos - Ted - Yunus (tudo dele na verdade) | Ted - Paulo Storani | Ted - Lala Deheinzelin
De todo meu coração, Dani Junco
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