Altruísmo - Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo (Comte 1798-1857).
É um amor desinteressado ao próximo logo assim que o vê, pelo simples motivo dele existir. No documentário "A revolução do altruísmo" disponível no Netflix (que recomendo fortemente), demonstra vários experimentos com crianças mostrando que nascemos inclinados a fazer o bem realmente sem olhar a quem.
"Nós, humanos, temos um potencial extraordinário para o bem, mas também um imenso poder para fazer o mal. Qualquer instrumento pode ser usado para construir ou destruir. Tudo depende da nossa motivação. Por isso, é ainda mais importante promover uma motivação altruísta em vez de egoísta." Matthieu Ricard, monge budista, escritor, cientista e fotógrafo. Ver TED.
Para exercitar a motivação para o bem levo vocês a outra palavra bem interessante: Empatia. Vem da palavra grega empátheia, que significa paixão, pressupondo a comunicação afetiva entre pessoas. É a capacidade de enxergar pelos olhos do outro, mesmo não estando na mesma situação ou ter vivido as mesmas experiências. Ver vídeo a importância da empatia.
Se o altruísmo é congênito e a empatia me motiva porque não é fácil de maneira espontânea ajudar o outro?
Porque sua mentalidade está sempre na escassez.
Tenho medo que falte (tempo, dinheiro, conhecimento, infra-estrutura, recursos) portanto melhor fazer um estoque e tirar da circulacão. Agora imagina se todos ficassem com o que realmente precisam e disponibilizassem esse "estoque".
5 exemplos práticos, abundantes, altruístas e empáticos:
1) Fazer o exercício mental olhando para essa pessoa e pensando no seu nascimento. Que ela um dia foi o milagre de alguém que sonhou algo bom ou que não teve essa sorte. E você tem a chance de realizar algo que mude a vida dela;
2) Deixar 20% do seu tempo no mês para compartilhar conhecimento. Não precisa ter se formada em Harvard para isso;
3) Por dia dar um abraço ou lançar um olhar gentil a alguém que você não conhece;
4) Já que está de fora, tente encontrar o copo meio cheio da situação. E a faça rir da jornada maluca que está vivendo e a lembre de quanto ela é forte e que não está sozinha;
5) Cerque-se de opiniões diversas e entenda quais os recursos estão escassos para elas. Será que não podemos compartilhar roupas, comida, transporte, ensino, hospedagem, livros, conteúdo, impressão de materiais, profissionais da área adm, marketing ou vendas, espaço de trabalho e por aí vai. Você se surpreenderá de como esses recursos só estavam estocados mesmo em vez de escassos.
E se eu não te convencer, recorro ao Tom - "Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho"