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As mães ainda são um peso para as empresas

Atualizado: 27 de jan. de 2023


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Seis em cada dez mulheres não conseguem retornar ao mercado de trabalho após a chegada do primeiro filho. Esse dado impressionou Danieli Junco, mãe e empreendedora paulista de 36 anos. Formada em farmácia, Dani sempre atuou em marketing e se especializou nisso. Começou na indústria farmacêutica e, hoje, tem sua própria agência.

Ao fazer parte do programa global promovido pela Fundação Getúlio Vargas, que proporciona educação em administração e gestão de negócios a mulheres empreendedoras, o 10000 mulheres, Dani pode conhecer de perto as dificuldades que mulheres mães enfrentavam para ter e manter seus próprios negócios. Nesse programa, além da proximidade com outras mulheres empreendedoras, Dani Junco começou a sentir na pele as delícias e desafios da maternidade. Assim que ingressou, ela descobriu que estava grávida de seu filho Lucas, hoje com 1 anos e 8 meses.

Enquanto Lucas se desenvolvia em sua barriga, aumentava também a necessidade de um propósito maior em sua carreira. “Em um determinado momento eu percebi que eu só estava trabalhando e ganhando dinheiro. Eu precisava devolver algo para o mundo”, conta. “À medida que minha barriga crescia, eu percebia que precisava de propósito, precisava de algo que fosse maior do que eu mesma”.

E em busca desse propósito, nasceu a B2Mamy, um grupo organizado por seis mulheres profissionais de diferentes áreas, dedicadas a apoiar mães na jornada rumo ao empreendedorismo. “Acreditamos que uma mãe pode encontrar um caminho de equilíbrio entre sucesso profissional e participação ativa na educação e criação dos filhos e é para isto que trabalhamos”, explica Dani.

Com o objetivo de tornar real esse equilíbrio, o B2Mamy promove eventos que disseminam informações essenciais para empreendedoras a fim de nortear as ações estratégicas do pequeno negócio. “Quando não temos filhos, já é bem difícil a gente trabalhar com algo que não gostamos e não acreditamos. Quando nos tornamos mães, cada segundo longe dos nossos filhos tem que fazer muito sentido”.

Hoje, a B2Mamy busca ajudar mães que enfrentaram o desafio de retornar ao mercado de trabalho. “Ao terminar o período de licença maternidade, as dúvidas surgem: com quem eu vou deixar o bebê? Mas, será que estou pronta para voltar? Será que eu quero voltar aos mesmos moldes de trabalho de antes? Por isso estamos propondo essa discussão, para ajudá-las a encontrar as suas próprias respostas”, explica Dani em declaração ao site E-Commerce News.

Dani Junco acredita que a cultura mother friendly - que é basicamente quando a empresa promove políticas internas de apoio à rotina materna – ainda está engatinhado no Brasil. “Apesar de ser otimista, acho que estamos distantes de ter, no Brasil, empresas mais amigáveis às profissionais que são mães. Acho que para a maioria das empresas a mãe ainda é um peso. Na verdade, os empregados são um peso para a maioria das organizações. As empresas ainda não sabem extrair o que existe de melhor em seus funcionários”, pontua.

Ministrando um workshop em São Paulo

Ao enfrentar essa dificuldade de apoio no mercado de trabalho, e até preconceito em alguns casos, muitas mulheres pensam em ter seu negócio próprio assim que se tornam mães ou quando ainda estão planejando a gestação. Quanto a isso, Dani alerta: “Empreender não é fácil e, muitas vezes, exige um DNA comportamental”. Segundo a paulista, muitas empresas quebram por falta de conhecimento e preparo. “Se você quiser surfar, você tem que perguntar a um surfista como se pega onda e não para quem está pegando sol”, compara. A idealizadora da B2Mamy ainda destaca a importância de se ter redes de relacionamento. “Sozinha não dá. Estude, una-se com quem possa agregar e apoie-se. Mas é claro, a gente só aprende fazendo".

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